Bom, dessa vez não postarei alguma novidade sobre o trio, mas, de uma maneira geral, algo relacionado a música. Trata-se de um momento surpreendente - e rápido! rs - de "tietagem" com uma das minhas maiores influências na música brasileira. O cantor e compositor Herbert Vianna, do Paralamas do Sucesso.
Tudo aconteceu antes de pegar um voo para Curitiba, na semana passada. Confesso que estava meio cabisbaixo devido alguns problemas pessoais que, naquele momento, me colocaram em choque com alguns dos meus principais ideais de vida. Mesmo assim, tentando desconsiderá-los, seguia com minha digníssima namorada, para o casamento de um amigo dela, na cidade. Depois de tomar um cafezinho "esperto" e comer aquele pão de queijo (isso tudo por volta das 7h da matina! Sim, o voo era para zumbi mesmo! rs), eis que vejo um cadeirante, perto do portão de embarque, com um bonezinho para trás, muito atencioso com as pessoas em sua volta.
Curioso que sou, fui dar uma olhada de perto! Até porque, pela manhã, é quase impossível enxergar algo de longe e ter a certeza de que aquilo que se vê, é realmente aquilo que é! ;D
Pois bem, cheguei mais perto... E eis que vejo o cara: Herbert Vianna. Por um momento não acreditei que ali, diante dos meus olhos (e de graça! rs), estava um dos caras que, com sua música e arranjos bem elaborados (por uma das melhores bandas do país, em minha opinião) foi responsável por me fazer trocar várias noitadas com amigos, decifrando nuances das canções, em casa.
Caramba!
O que falar para ele? Como cumprimentá-lo? Digo que tenho banda? Será que ele já escutou o nosso vídeo de "O amor não sabe esperar"? Com certeza, estar do lado de alguém que se admira é complicado.
Aliás, fazendo um adendo, não sou a favor daquele tipo de gente que se descabela, e quase tem um "ataque do coração" ao ver um "ídolo". Acho isso um absurdo, pois uma pessoa assim, no mínimo, não tem noção da realidade. É como se desconsiderassem que aquele "camarada" ali realiza um trabalho, como qualquer outra pessoa, e, por causa deste trabalho, há o reconhecimento de sua figura, por assim dizer.
O que acho legal é o reconhecimento do fã de que aquilo representa muito mais para sua vida, do que ele, em seu momento de composição, poderia imaginar.
Além do mais, assim como qualquer ser vivo no planeta, este "camarada" também é filho de Deus e, assim como qualquer pessoa, por exemplo, sente fome, dor, dorme...
Mas, enfim, voltando ao Herbert! rs
Naquele momento, realmente, não sabia o que dizer... e o máximo que saiu foi:
"- Herbert, tudo bem? Sou seu fã. Seu trabalho representa muito para mim e para minha banda. Será que posso tirar uma foto com você? Obrigado!"
...
Com toda a simplicidade do mundo ele me atendeu e retribuiu aos elogios com um sorriso singelo e humilde "- Obrigado, rapaz. Claro que pode tirar uma foto! Por que não poderia?". Naquela hora, pensei: "po, esse cara deve escutar isso de pelo menos uns 15 cabeludos por dia..." Porém, por outro lado, notei naquele olhar e sorriso, o agradecimento de alguém que, diante de tantas adversidades na vida, pôde perceber que ainda consegue tocar o coração das pessoas, através de sua música.
Para mim foi o bastante.
Depois daquela "conversa" senti que todas as minhas atribulações não faziam mais sentido. Voltei para meu lugar na fila de espera com a sensação de que, na vida, nada é melhor do que vivê-la com muita fé.
Só senti mesmo em não ter falado com o João Barone (um dos maiores bateristas do país). Mas, acho que seria demais para mim.
Fica para uma próxima oportunidade... ;)
Aloha!!
Por: Luiz do Maui Trio